quinta-feira, 28 de junho de 2012



CONEXÕES DO PASSADO







A memória é o refúgio da vida e da história. Embora a vida aconteça no presente... 

As recordações de fatos vividos no passado, dolorosos ou intensos de beleza, são edificantes. Impulsionam-nos a sermos mais assertivos e minoram a possibilidade de repetições de erros. 

Recordar o passado não significa “viver do passado”, mas é tirar das emoções vividas o bálsamo para as tormentos do presente, quando eles existem... 

A vida é uma conexão constante com nosso passado e é dele, ou através dele, que construímos nosso presente e planejamos nosso futuro. 

O que seria de nós humanos sem o passado? Não sabemos ainda...O Tempo é um fenômeno, embora muito estudado, pouco compreendido. Talvez, viveríamos num vácuo...um eterno cair... 

O que se sabe, ao certo, é que tudo o que se vive é internalizado e que não há esquecimento sem causa. 

Muitas vezes buscamos esquecer fatos vividos porque eles demandam uma intensidade de angústia no plano dos afetos. Em outros momentos, buscamos as glorificações vividas como alimento e suporte para um cotidiano desorganizado ou para dar mais eficiência à vida que se transcorre. 

Mas o passado não é redentor, ele funciona como sinalizador...Quando lembramos de episódios vividos de intensa beleza o que buscamos querer? Em um primeiro momento, desejamos mostrar a nós mesmos que fomos felizes e o quanto foi importante o que foi vivido. 

Mas, o que está por traz da negação do passado? Da compreensão de que passado é o que passa e não volta? 

Quando dizemos que o passado está morto, estamos tentando, talvez, no plano do inconsciente, buscar explicações para um presente que não se quer viver ou que se tem receio de viver. 

Sem dúvida, negar o passado é sabotar quereres, impedindo que o futuro se construa. Porque não há construção de futuro sem as conexões com o passado. Isso a vida nos mostra cotidianamente. 

E o que pretendemos explicar ao presente quando dizemos que o passado está morto? De súbito, parece difícil a resposta....Mas não é. Quando “matamos” o passado, estamos negando a possibilidade de crescermos com as experiências vividas. 

Viver com o passado e não do passado, talvez seja a palavra de ordem para a construção da felicidade. 

Permita-se ser feliz...Aprenda com o passado!!! 

Ana Sá Peixoto

2 comentários:

  1. Sempre incisiva!
    Seus escritos são edificantes.
    Escritor ADhemyr Fortunatto.

    ResponderExcluir
  2. Obrigada amigo escritor. A lógica do tempo nos remete à este pensamento: Aprender com o passado e nào viver do passado. Um forte abraço.

    ResponderExcluir